quarta-feira, 18 de maio de 2016

Sonho, Realização, Corpo, Espírito.

Eu sou a necessidade de realizar, de me fazer presente;
Eu sou a sua presença na Terra; preciso justificá-la onde quer que você esteja;
Eu sonho, penso, idealizo e sua obrigação é atender-me o desejo;
Caso isto não aconteça, viro fera, viro fogo, viro pedra.
Sofro com isto, mas a dor maior ainda é sua, dói-lhe na carne;
Quanto a mim, recebo as cicatrizes e as carrego em minha história que também é sua, sou etérea,  porém forte e imortal;
Não se renda à frustração, pois se esta indesejável senhora tiver permissão para entrar em sua vida, certamente estragos fará.
Cuidado com a outra Senhora, esta simpática intermediária. Ela pode criar-lhe armadilhas. Aprenda que esta é a mestre da linguagem, mas péssima tradutora;
Digo para ela o meu desejo, minha necessidade, que são suas. Cumprindo-as você poderá chegar em paz à cidade da alegria, do êxtase e da missão bem realizada;
Ela prega peças, inventa mentiras, se atrasa e faz jogos de palavras, finge não querer; volta a seduzir-te e desiste no meio do caminho, para logo depois frustrar-se por não ter ido.
“Terei mais uma chance?” Pergunta-se como a jovem mulher em seus mais infantis jogos de sedução.
Se você olhar para sua Mãe Lua com os pés enraizados na Terra e pedir-lhe abrigo, chamar pelo seu Pai Sol para que lhe ilumine os passos;
Se acender a fogueira da vontade e pedir ao Vento Sagrado que expanda o seu desejo de realização;
Se fincar os pés na Terra e pedir-lhe seu suave abrigo; se estender seus braços ao Alto, suplicando pelas Águas da Deusa Chuva, oferecendo sua  dança em honra destas temperamentais damas,
Elas precipitarão, farão acontecer tudo o que juntos desejamos e precisamos para realizar nossa missão na Terra.
 Assim teremos as bênçãos da Luz do Pai Sol iluminando e a inspiração da Mãe Lua  em nosso Caminho de Vida.
Não tenho nome, levo o seu emprestado – não há corpo sem espírito – Você sou EU.
Respeite o sonho, não procrastine, não dê ouvidos à sua mente, essa, muitas vezes, hábil traidora. Acredite que preciso de você para evoluir e você de mim para ser saudável e feliz. Somos Um.
Assinado: O espírito do seu corpo – Nós.

Foto: link para os devidos créditos, via Pinterest.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Emagrecer Com Óleos Essenciais? Dicas Úteis

Indicar um óleo essencial para emagrecer pode parecer uma tarefa muito simples, já que vários deles têm essa capacidade.
Poderia aqui dar algumas dicas, como o óleo de limão, óleo de laranja doce e alguns tantos mais. Poderia inclusive dar fórmulas termogênicas, cremes drenantes e outras coisas incríveis. Entretanto, quando se trata de um sintoma, como é o caso da gordura, precisamos investigar a causa, para então combatê-la de forma adequada. 
É o mesmo caso de você ter dito que tem dores de cabeça, e receber indicação de  vários tipos de analgésico. Você poderia tomá-los, a dor de cabeça ceder, para mais tarde, alguns dias ou mesmo semanas, voltar. Nesse caso, você só teria bloqueado os receptores da dor através dos analgésicos. Descubra a causa, combata-a e o assunto fica resolvido.
Se você quer emagrecer, aliás, talvez como quase a totalidade dos habitantes do planeta, e acredita que um óleo essencial, ou uma sinergia deles o poderia ajudar, lamento informar que isso somente será possível se você se empenhar em descobrir qual a origem da gordura e se comprometer consigo mesmo para combatê-la.
Precisará responder a uma infinidade de perguntas sobre seus hábitos, alimentação, estado de humor, medicação, caso faça uso de alguma. Olhar atentamente para seu momento de vida, temperamento, fazer uma análise de suas escolhas, dentre outras coisas, até que se possa chegar a uma conclusão da causa.
Ali chegando, sim, o profissional de aromaterapia responsável poderá lhe ajudar a se comprometer com o processo de emagrecimento com uma fórmula adequada ao seu caso, dentre outros aconselhamentos que um bom profissional certamente poderá lhe dar. Este é um ponto.

Dou-me ao trabalho de responder aos inúmeros pedidos de dicas com tantas letras, por um motivo muito simples – responsabilidade. Nos preocupa a quantidade de pessoas com problemas causados pelo uso de óleos essenciais indicados pelo vizinho, pelo amigo, ou “pela internet”, pois as pessoas utilizam quantidades absurdas e ainda de óleos que não seriam indicados para aquele caso específico. Temos visto barbaridades. Seria tão fácil ir direto ao ponto...!

Assim, peço que procurem aromaterapeutas profissionais em sua região que realmente possam lhes atender como indivíduos únicos que são, pois a utilização de um óleo essencial inadequado, pode causar tanto mal quanto um remédio errado.

Aliás, outro ponto importante, já aproveitando a oportunidade, chamo a atenção daqueles que pretendem se profissionalizar no assunto,  que a melhor dica que posso dar é consultar-se com seu professor na qualidade de cliente/profissional;  não peçam dicas em sala de aula para seus casos específicos. Cada caso é particular. E quando vocês mesmos começarem a trabalhar com os óleos essenciais, lembrem-se que investiram tempo e dinheiro para aprender, e que dicas podem funcionar muito bem para uns, e para outros, podem vir a ser um verdadeiro desastre. Não somos iguais, é simples.

 Mas deixo, eu mesma outras dicas: leiam muito e participem de grupos, fóruns, participem de vários workshops com professores diferentes, para formarem-se com segurança e troquem ideias com as pessoas, mas não indiquem o.e.s sem conhecer o caso e o indivíduo de perto. Valorize o profissional e ao seu corpo, ambos são sagrados!

Boa Sorte!


quinta-feira, 7 de abril de 2016

O Dia do Silêncio

Vivemos numa civilização onde há excesso de barulhos, e por consequência, tivemos que aumentar o  tom de nossa própria voz de forma bastante considerável.  Este é um dos motivos que fazem sentido, pois quanto mais alto o barulho em volta, mais alto temos que falar. É claro que eu faço o contrário. Quer me ouvir, abaixe o rádio, a televisão... 

É claro que temos que levar em conta que falar alto pode ser um sintoma de ansiedade ou até de insegurança... sim, por medo de não serem ouvidas, muitas pessoas falam alto e rápido.

Existem outras razões também, certamente. Pessoas que falam desta forma e precisam sempre se cercar de pessoas, numa tentativa de "não solidão", que não se resolve e só potencializa o sintoma.

 Estas pessoas mesmo sozinhas,  ligam a televisão só para terem a sensação de companhia. Precisam de barulho. Lamentável, mas comum e verdadeiro. Uma versão mais saudável e terapêutica seria ouvir música. Ah... adivinha que tipo de música ela vai ouvir? Aposto que nada que acalme. Música light as deixa nervosas.

Isto ocorre com mais frequência do que gostaríamos. Em um dia comum, a pessoa pega um taxi, por exemplo. Ela entra e cumprimenta o motorista educadamente. Ele fala do engarrafamento, você responde monossilabicamente só pra não deixar o sujeito no vácuo. Ele percebe? Não. O rádio está falando alto em uma sessão tortura auditiva - contando todas as mazelas e coisas ruins que acontecem.

Ele comenta. Momento respirar fundo e dizer que não costuma ouvir esse tipo de noticiário para não ficar sob o efeito energético e não começar o dia triste. Como se nada tivesse ouvido, ele conta casos e dá opiniões sobre o governo, o desgoverno, fala da mulher e dos filhos. Pronto,  você está diante de um drama: avisa a ele quanto será a sua consulta, ou desce do taxi. Como você não quer ficar no meio do caminho, tampouco piorar um pouquinho o dia do sujeito, acaba falando com ele, mudando de assunto, tentando levantar o astral. Ok, quando você chega ao destino, já está cansada, pode voltar pra casa.

Enquanto isso, o tempo passa, você chega ao consultório do seu médico. Lá tem uma bendita televisão aos berros, ninguém vendo, pacientes totalmente sem paciência, falando pelos cotovelos, recepcionistas falando ao telefone em voz alta. Claro, tanto barulho, o tom de voz sobe automaticamente.

O paciente do lado, sem a menor cerimônia pergunta qual é o seu problema. Você educadamente diz que está bem. Ele se conformou? Coisa nenhuma! "O Dr. Fulano é ótimo, está tratando da minha..."  conta suas doenças e sofrimentos, apesar de você estar dentro da sala de espera com óculos de sol e fones de ouvido. As pessoas não sabem ler sinais óbvios.

Penso em me libertar e fazer um curso de grosseria. Nem isso daria certo, à essa altura estou dando conselhos, mandando a pessoa ter fé, ensinando um chazinho, indicando óleos essenciais,  indicando que faça meditação, e mandando orações pelo whatsapp. 

Saio da consulta de bom humor e acho que mereço almoçar em um lugar legal. Nada de ostentação, mas uma comidinha simpática. Chego no restaurante, que não tem televisão - me recuso a entrar em restaurantes com tv - sento, e eis que me entra um bando de senhorinhas simpáticas e alegres até demais para o meu gosto e ouvidos sensíveis - contavam a saga da escola onde dão aulas, pelo menos tentam dar. Falam o nome da escola, da diretora, de colegas, e de repente você ouve um nome e sobrenome. As pessoas estavam abrindo a sessão malhação de Judas. À essa altura, a minha vontade de ir embora transformou-se em outra e quando vi já estava diante da mesa das respeitáveis professoras.

Voz controlada, sorriso forçado, mas não aguentei e disse: "Me perdoem a intromissão, mas a Fulana é minha amiga de infância, minha vizinha, e se vocês a veem desta forma, se o caso é tão grave assim, pergunto a vocês, já falaram com ela a respeito, ou sorriem e conversam como se gostassem dela? Vocês são o quê mesmo? Educadoras? Que lamentável!"

A verdade é que não conhecia a pessoa em questão, mas fiquei indignada com a qualidade de seres humanos que está se instaurando e piorando vertiginosamente no mundo. Professoras mal educadas falando alto e mal das vida dos outros, sem contar o fato de citar nomes. Se falavam de alunos? Sim, falavam mal, claro!

Que fique bem claro que não estou falando da classe - eu sou professora também, mas se tiver que comentar sobre pessoas falo baixo e não cito nomes, pelo menos. rsrrs

Fiz isso e quase saí correndo do restaurante morrendo de medo daquele bando, sim... pela falta de educação e comportamento, era um bando e não um grupo de professoras. Chamei o garçom e disse que lamentava, mas precisava me retirar.

Agradeci a Deus que elas ficaram paralisadas me olhando enquanto eu saía às pressas morrendo de medo. Esse meu lado ariano é engraçado, faço as coisas num ímpeto e depois morro de medo das consequências. Ufa, deu tudo certo!

Outro táxi até chegar em casa e já entrei dizendo com voz mansa: "O senhor pode me levar em tal rua? Vou fechar os olhos um pouquinho porque estou cansada. Posso lhe pedir uma grande gentileza? Seria possível desligar o rádio? Estou com um pouco de dor de cabeça. bom trajeto para nós!"

O sujeito me falou para tomar cuidado porque poderia ser gripe ou dengue. Nesse momento eu nem precisei do curso de grosseria: "Senhor, eu gostaria de pensar um pouco em silêncio e lhe agradeço se não conversarmos". Me senti péssima, pois sei que não é só falta de noção, é solidão e carência.

Enfim, cheguei em casa e avisei: “estou bem, correu tudo certo, mas agora vocês só ouvirão minha voz amanhã. Preciso pensar.”

Ainda bem que a família me conhece e sabe que isto não é estranho, como dizem, “sou peculiar”.

Ainda bem, não estou nesse fluxo de não pensar, não refletir, na realidade seria a palavra correta.

Enfim, só o barulhinho do ar condicionado, porta fechada, sem barulho de buzinas, TV, radio, agradeci por não ter que estar em um shopping na praça de alimentação...

A todos os meus clientes indico “a manhã”, podendo ser tarde ou noite do silêncio. Nesse momento você ouve Deus dentro de você, se conhece melhor, tem respostas às mais difíceis questões e aprende a se fazer boa companhia. É um excelente exercício. Eu recomendo!


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Mito de Quiron – Versão Simplificada


Pra falar de Quiron, é melhor começar lembrando que ele é um Centauro, aliás, mais do que isso, ele é o próprio Sagitário. Espere um pouquinho que chegamos lá. Ele nasce do desejo de Saturno por uma ninfa. Como ele era casado, precisava disfarçar pra poder fazer as coisas que não interessavam a ninguém saber, principalmente à Réia, sua mulher.

Assim, se transformou num cavalo e lá foi ele. tudo corria às mil maravilhas   até o dia em que como resultado dessa brincadeira nasceu uma criança, quer dizer, no caso, “uma coisa”, conforme pensou a própria mãe ao ver o fruto que havia gerado, pois era um centauro, metade cavalo e metade homem.

A ninfa pirou e nem quis saber do filho, pois morria de vergonha de haver dado à luz “àquilo”, assim pediu à Gaia que a transformasse em uma árvore. Ela então foi transformada em uma árvore de tília.
Saturno olhava por seu filho, mas não podia aparecer pra não dar bandeira. Pediu ajuda a outros deuses.

Assim, sem pai, nem mãe, Quiron foi adotado por Apolo, que cuidou de sua educação, Ártemis ensinou-o a caçar e Athena transmitiu--lhe sabedoria.

Bem, como Apolo sabia tudo, Quiron não só aprendeu, como passou a dominar os oráculos, a Medicina e as artes, além de Astrologia, que passou a ensinar. Seus alunos faziam fila para saber seus destinos, ele encaminhou muita gente boa, príncipes, filhos de deuses, muita celebridade olímpica.
 Alguns exemplos são Aquiles, que veio a tornar-se um guerreiro sagrado e Asclépio (Esculápio) que veio a ser “apenas” o deus da Medicina. Na verdade, ele ficou tão sábio que chegou a ensinar ao próprio Apolo, num exemplo daquilo que se chama de “o discípulo superar o mestre”.

Ia tudo muito bem naquela vida bastante agitada, ajudando a todos, até que chegou o dia em que Hércules estava em luta contra a Hidra de Lerna e Quiron veio ajudá-lo. Pra quê? Se ferrou, porque uma das flechas estava envenenada e atingiu acidentalmente a anca do centauro.

Acontece que a coisa ficou feia, porque ele era semideus e não podia morrer, a dor era terrível e  não mais suportando, após ter tentado todas as ervas e unguentos possíveis, pediu a Júpiter que o poupasse daquele sofrimento. Júpiter prometeu pensar.

Havia um herói chamado Prometeu que se atreveu a  fazer algo que irritou Júpiter (Zeus) de tal forma, que como castigo foi acorrentado no Monte Cáucaso, onde de dia era bicado no fígado por uma águia e à noite seu fígado se regenerava, só para ser bicado no dia seguinte. Isso deveria durar a eternidade... O que ele fez de tão grave? Nada... “só” roubou o Fogo Sagrado e o entregou à Humanidade.

 Ele  se livraria desse castigo no dia em que algum imortal renunciasse à própria imortalidade. Júpiter deu esse castigo achando que isso jamais ocorreria. Acontece que Quiron renunciaria numa boa, inclusive sabendo que ao tornar-se mortal seria enviado ao Hades.
Acontece que Hércules em suas andanças deu de cara com Prometeu todo estropiado e teve a ideia de falar com Júpiter, afinal, de certa forma ele carregava uma culpa, ainda que indireta pelo sofrimento dele. Proporia uma troca – Quiron tornar-se-ia mortal e livraria Prometeu daquela tortura. Ele renunciaria numa boa, inclusive sabendo que ao tornar-se mortal seria enviado ao Hades.

Nesse ato subjaz muita coisa importante, como a cura do incurável, a libertação de Prometeu e a devolução do Fogo Sagrado à Humanidade, sem falar em Hércules que tirou esse peso das costas. Ufa! Quando Júpiter se tocou que isso era muita coisa boa junta, percebendo o autossacrifício em prol da Humanidade, ele liberou Quiron de ir para o Hades .
Alguém aí está se perguntando “que cura do incurável é essa se ele tornou-se mortal e não se curou?” Quem disse que ele morreu? Júpiter nove dias depois criou a constelação de Sagitário. Isso é morrer?
E quando chegamos ao mito de Sagitário podemos ver muita vida, tanto no que diz respeito à Espiritual quanto à terrena.

Que Divina Alquimia!


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Não É Insônia - É Individualidade


É no infinito que encontro a Realidade;

Ali posso me ver como sou, hoje, ontem, séculos atrás e ainda posso divisar  o que serei, já que ontens, presentes e  futuros são uma só coisa, uma só história, um só espírito.

Na madrugada, quando não há interferências de sons alheios, idéias alheias e contrárias, onde não existem opiniões, é ali que existo e me sei;

Olhando estrelas, planetas, me identifico como eu mesma.

Muitas vidas, experiências e histórias. Ali sou inteira. Não há máscaras, disfarces, não preciso agradar, tampouco preciso que me agradem. Sou espírito que passeia no infinito e sabe quem é. Sabe sem palavras, apenas sente.

Olho ao redor e posso ver a diferença entre a materialidade e o infinito que eu sou.

Não preciso de aprovação, não preciso julgar nada. Tudo é perfeito.

Olho a cadeia de morros e passeio por eles sem barreiras, flutuo, volto. Vou sozinha, vou acompanhada, sem nomes ou formas, apenas sentimentos e sensações me acompanham. Realidade do Infinito.

Se tivesse perguntas a fazer,o sim e o não viriam com facilidade com o simples piscar das estrelas.

Não ouso perguntar. Seria muito mundo físico, e nesse momento, não vivo nele, sou espírito que sabe quem é, ainda que não precise saber, apenas sou.

Tenho muitos séculos de história e elas se juntam num bloco de sensações sem explicações, posto que não há necessidade. Apenas vida além do mundo material, a vida real. Apenas sinto que existo como espírito. E este plaina, passeia nos contornos das montanhas com a facilidade que é inerente ao espírito.

Tudo o  mais é ilusão da matéria.  Estou aqui por enquanto, já estive no Egito, já estive na França, nos Estados Unidos quando ainda nem existiam. Roma  foi meu lar por muito tempo, sem sê-lo, pois espíritos não têm lar. Meu lar é o Universo.

Nele me encontro, nele sou forte, e posso tudo o que necessito. Do que precisa um espírito? Existir como tal, sentimentos, sensações, sabedoria, experiências. Posso saber que tudo é vão e passageiro no mundo material, portanto, não precisa de explicação, não é necessário preocupar-se.

Infinito... infinito... tudo vai, volta, cresce, fortalece e evolui.

Para que serve a matéria? Para que servem perguntas? Para levar ao mundo material com as máscaras que nos pertencem por enquanto, com as figuras que vestimos para perpetuar tais sensações. Levar idéias, perguntas, plantar sementes, e que estas se perpetuem como resposta, como sabedoria, porque o perpétuo é o universo. Aqui estou para prestar minha contribuição, como matéria, prestando serviço, apenas isso.

A realidade existe na madrugada, por isso muitos não dormem, precisam estar em contacto com o espírito. Ele sabe, o ego confunde.

Não é insônia, é necessidade de estar consigo mesmo do jeito que se é. E apenas nessa hora você é o Espírito, que É. Por isso a realidade que vemos, muitas vezes incomodam, preocupam, posto não ser real. Você é quem é na madrugada, sem interferências, sem medo do mundo que cobra. Não tem satisfações a dar. Apenas é.

E eu exerço o privilégio de Ser e Eu sou agora, sem necessidades. Não preciso de você, você não precisa de mim. Nossas histórias seculares nos bastam para integrar todos os aspectos do Um.
Não tenho nome, eu sou o Um!




 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

... E As Deusas Se Manifestaram ...




Pois é, gente. Acreditamos que a cada trabalho que fazemos no mundo externo, corresponde a um trabalho já feito no mundo interno. E claro, no caso de quem trabalha alquimicamente isso fica mais óbvio ainda.

Quando voltamos a fazer nossos workshops foi com o título “Introdução à Perfumaria Natural com o Uso dos O.E.s”, assim, passamos algumas semanas pensando sobre o assunto até o momento de efetivamente sentar diante do computador e preparar os slides.  

Assim, convivendo com a ideia do workshop foram surgindo novas receitas, descobrindo um método mais eficaz de demonstrar como é importante para um indivíduo fazer o seu próprio aroma, enfatizando as situações e a razão de usar um óleo essencial e não outro.

A nossa intenção era a de que quem estivesse presente, saísse com seu perfume pronto para aquele momento de vida, e apto a usar o conhecimento a qualquer hora, tanto para si mesmo, bem como para quem precisasse. Ok, objetivo alcançado com sucesso, então era a hora de passar a conviver com outro assunto.

Ali mesmo durante o encontro surgiu um novo tema. Já saímos dali animados imaginando como seria. Privilégio de quem faz o que gosta. Assim, nasceu “A Arte da Sedução com os Óleos Essenciais”.

Sabíamos desde que ouvimos a sugestão,  que o tema teria que ser abordado a partir do ponto de vista interno, ou seja, para seduzir alguém ou algo, temos que estar convencidos da mensagem que estamos passando.

A palavra chave era autoconhecimento e mais do que isso, autoamor. Sim, se uma pessoa não tem amor próprio o suficiente, como irá amar de verdade e estar pronta para perceber e receber amor? Como se dá o processo de atração? Atração nada mais é do que o ato de comunicar de forma clara ao outro, aquilo que temos de verdadeiro dentro de nós. E o que temos? Com a consciência de quem somos e do que queremos, fica mais fácil atrair o que seja compatível com o indivíduo e não problemas...

 Portanto, nessa linha de raciocínio, montamos o workshop e tivemos um feedback maravilhoso, que se estendeu para além do momento em forma de e-mails que estamos recebendo até agora. Grandes conquistas pessoais dos participantes. Ok, objetivo alcançado de novo.

Mais uma vez, a sugestão de um novo tema surgiu durante o workshop. O interessante é que as pessoas que atraímos são aquelas que estão realmente em sintonia com nossa intenção – a de cicatrizar marcas adquiridas ao longo de sua história, com a ajuda dos óleos essenciais e vivências eficazes sobre o assunto, dirigidas pelo Marcelo Barroca. E o tema não poderia ser outro se não aquele que daria segmento ao assunto. Autoconhecimento efetivo dos arquétipos que comunicamos – e surgiu: “Óleos Essenciais e As Deusas Olímpicas como Instrumento de Autoconhecimento”.

Tendo em vista tratar-se de arquétipos universais, e o contacto com eles é de profunda alquimia interior, com resultados em nossa consciência e na vida prática, sem sombra de dúvidas, demoramos mais um pouquinho na elaboração do mesmo.

Claro, nossa meta são workshops saneadores de energia, que aliados ao uso dos óleos essenciais possam realmente transformar e agregar novos conhecimentos em nível profundo para cada um dos participantes com a responsabilidade e comprometimento individual que isso requer.

Nossa intenção não é apenas a de trazer uma percepção maior no nível do intelecto, já que sabemos que lidar com arquétipos requer um envolvimento profundo, responsável e corajoso com essas forças curativas que vivem dentro e através de cada um de nós.

Após alguns dias mergulhados no assunto, saímos transformados, sem dúvida, mais conscientes de nós mesmos e nossos símbolos pessoais. Assim, estamos prontos para compartilhar com quem quer que esteja nessa sintonia, seja homem ou mulher, já que as Deusas (e os deuses, claro)  estão presentes em nosso cotidiano e dentro de nós, muito mais do que podemos imaginar.

E é claro que não precisamos esperar sugestão para o próximo, já que é óbvio, será sobre as forças do masculino através dos arquétipos dos Deuses Olímpicos, o que ajudará a completar a visão do Self de cada um de nós.

Além disso, após conviver esse tempo com as deusas, não há como não agradecer a todas elas a ajuda que prestaram se revelando em cada palavra, ato e momento em que as estivemos observando à nossa volta e principalmente dentro de nós mesmos.

Amanhã, dia 27 de setembro será a celebração deste trabalho interno, expresso no mundo da matéria, aqui no Rio de Janeiro.

Voltamos depois para compartilhar com vocês algumas receitinhas de perfumes e cremes das deusas, que certamente surgirão ao longo do Caminho.

Estes workshops estão disponíveis em todo o Brasil, bastando para isso a formação de turmas – e-mail de contacto: aprendacomaromas@gmail.com.
Visite nosso site: www.valeriatrigueiro.com.br

 

 

domingo, 19 de maio de 2013

Como Levar Sua Alma Para Tomar Banho



Estou diante do computador formatando um workshop sobre chacras e óleos essenciais com um novo olhar que o estudo da Alquimia me proporcionou. Tudo ficou mais claro. Penso que não preciso rever conceitos, só acrescentar e fico feliz com isso. Enfim, pensamentos sérios, mas eis que de repente...
 Uma frase não me sai da cabeça: “porque você não escreve como levar a alma para tomar banho?” Claro, levei um susto, até porque parece título de filme de terror, e não título de workshop. Assim, já que estou escrevendo, e minha cabeça está toda voltada para o centro de energia de criação, imagine você que problema eu arrumei, mas não resisto, vou seguir o fluxo para ver onde isso vai dar.
 Começaram a aparecer na minha mente cenas de alguém querendo levar um fantasma para tomar banho, só que ele resistia para entrar no chuveiro, pois estranhava o lugar, nada parecido com um banheiro como ele conhecia. Apesar de, por um lado, querer tomar banho em um chuveiro dourado como aquele, por outro, achava esquisito um sujeito que nem conhecia insistir para que ele entrasse no banho.

 Pensei por que motivo um indivíduo que tem um chuveiro dourado enorme quereria dar banho em um fantasma. A explicação não tardou a aparecer. Era um trabalhador da Luz e desse chuveiro não saía água comum e sim jatos de luz violeta.

Precisou muita conversa entre ambos para que o fantasma entendesse a razão de um chuveiro não ter água e sim raios violeta. O trabalhador da Luz explicou que ele, fantasma, estava estranhando porque ainda não havia se acostumado com as novidades de sua nova condição de fantasma, mas afirmou que isso poderia ser bastante interessante. Mas o fantasma pensava muito na família, nos amigos, no trabalho, enfim, em tudo o que deixou para trás.

Ele pensava que só mesmo um bom banho com sabonete de argila o ajudaria a tirar a sensação de peso que sentia no seu “corpo”. Ele queria um jato de água bem forte. Assim, o trabalhador da Luz ficou pensando como resolver o assunto. Tentou dar uma enroladinha no fantasma. “O senhor está se sentindo sujo, mas na realidade não está, vejo que suas roupas estão limpas e não sinto nenhum cheiro que dedure que você não tome banho há muito tempo, pelo contrário.” O fantasma que usava roupas – acabo de descobrir, estava imaginando-o como o Gasparzinho – preocupava-se com tudo e com todos, no íntimo pensava até que estava se sentindo mais leve, porém a preocupação com tudo o que havia deixado, o impedia de sentir-se bem.

Na realidade, tudo começou com um susto quando acabou de fazer uma oração e deu de cara com aquele sujeito chamando-o para tomar banho. Tinha muita vontade de ir, mas ao mesmo tempo achava que o sujeito era um estranho e chegou até a pensar que o tal estranho é que era um fantasma. Quase ficou com medo, mas a vontade de se sentir limpo e leve era tão grande, que atendeu ao convite, só paralisando quando percebeu que água mesmo não havia.

Desta forma, o trabalhador da Luz, que se chamava Antonio, explicou que aquela luz seria muito mais do que um banho com água e sabonete de argila, pois era pura energia e os efeitos seriam imediatos. Como era um fantasma curioso, pensou rápido e resolveu confiar. Ia começar a tirar a roupa, mas o amigo disse que não seria preciso. Ele entrou pela porta do que parecia um “box” e Antonio apertou um botão, que fazia as vezes de torneira. Imediatamente começou a jorrar uma luz que iluminou todo o ambiente. Conforme ia descendo pelo “corpo” do fantasma, ele ia mudando de fisionomia. Além disso, a luz passava por ele e descia pelo ralo como se água fosse. Interessante que ao chegar ao ralo, a luz mudava de cor e tomava formas estranhas. Antonio pediu que o fantasma não olhasse, que apenas ficasse de olhos fechados em estado de oração e virado para o lado contrário ao ralo.

Passados alguns minutos, talvez horas, quem sabe, a luz violeta parou de jorrar e foi mudando de cor, passando pelo lilás, azul, verde, amarelo até ficar branca como prata, terminando com a luz dourada como o chuveiro, que a essa altura não mais parecia um chuveiro e sim o próprio sol.

Ao final, o fantasma saiu dali renovado, reenergizado e se apresentou com um sorriso, disse seu nome, contou sua história de vida e comentou que apesar de estar com os olhos fechados, pode notar todas as mudanças de cores das luzes, pois sentia aromas diversos. Percebeu o aroma de lavanda no início do banho, depois sentiu mudar para um parecido com o de gerânio, transformou-se para o de capim limão, flor de laranjeira, jasmim e terminou com um suave aroma de angélica. Agradeceu e já ia se despedindo quando Antonio perguntou se ele não gostaria de deixar um recado para aqueles que o conheceram quando ainda não era um fantasma.

Ele apenas respondeu que agradecia a todos os amigos, familiares, e principalmente àqueles com quem teve dificuldades, pois estes lhe ajudaram a ter uma postura diante do Infinito muito diferente, já que o fizeram ver que aquilo que conhecemos como humanidade é ilusão, pois ao se fortalecer para enfrentar tais dificuldades, viu a si mesmo como um ser capaz de coisas das quais não se orgulharia se permanecessem. Hoje, disse ele, sei que apenas o Amor permanece em gratidão, consciência da luz e na certeza de que o amor é a matéria prima da luz de que somos feitos.

Antonio ainda perguntou para onde iria. Ele apenas respondeu que iria voltar para Casa, se fundir com o Pai, a Mãe, Irmãos e Parceiros Sagrados no Cosmos, que é a Casa de todos nós.

Bem, acabo de escrever e ler o que escrevi. Achei "meio doido", assim sendo, li para o meu marido que disse que eu não deveria publicar, pois poderia parecer que eu estava sob o efeito de alguma droga... Então, digo a vocês: não estava não. Talvez seja grave, mas é natural. Agora que o fantasma foi embora vou voltar para o workshop que deu origem a isso tudo.
Já tenho pelo menos o título: "Como limpar e dinamizar seus centros de energia com os óleos essenciais". Mas que eu preferiria "Como levar sua Alma Para Tomar Banho", isso é verdade.