sábado, 1 de fevereiro de 2014

Não É Insônia - É Individualidade


É no infinito que encontro a Realidade;

Ali posso me ver como sou, hoje, ontem, séculos atrás e ainda posso divisar  o que serei, já que ontens, presentes e  futuros são uma só coisa, uma só história, um só espírito.

Na madrugada, quando não há interferências de sons alheios, idéias alheias e contrárias, onde não existem opiniões, é ali que existo e me sei;

Olhando estrelas, planetas, me identifico como eu mesma.

Muitas vidas, experiências e histórias. Ali sou inteira. Não há máscaras, disfarces, não preciso agradar, tampouco preciso que me agradem. Sou espírito que passeia no infinito e sabe quem é. Sabe sem palavras, apenas sente.

Olho ao redor e posso ver a diferença entre a materialidade e o infinito que eu sou.

Não preciso de aprovação, não preciso julgar nada. Tudo é perfeito.

Olho a cadeia de morros e passeio por eles sem barreiras, flutuo, volto. Vou sozinha, vou acompanhada, sem nomes ou formas, apenas sentimentos e sensações me acompanham. Realidade do Infinito.

Se tivesse perguntas a fazer,o sim e o não viriam com facilidade com o simples piscar das estrelas.

Não ouso perguntar. Seria muito mundo físico, e nesse momento, não vivo nele, sou espírito que sabe quem é, ainda que não precise saber, apenas sou.

Tenho muitos séculos de história e elas se juntam num bloco de sensações sem explicações, posto que não há necessidade. Apenas vida além do mundo material, a vida real. Apenas sinto que existo como espírito. E este plaina, passeia nos contornos das montanhas com a facilidade que é inerente ao espírito.

Tudo o  mais é ilusão da matéria.  Estou aqui por enquanto, já estive no Egito, já estive na França, nos Estados Unidos quando ainda nem existiam. Roma  foi meu lar por muito tempo, sem sê-lo, pois espíritos não têm lar. Meu lar é o Universo.

Nele me encontro, nele sou forte, e posso tudo o que necessito. Do que precisa um espírito? Existir como tal, sentimentos, sensações, sabedoria, experiências. Posso saber que tudo é vão e passageiro no mundo material, portanto, não precisa de explicação, não é necessário preocupar-se.

Infinito... infinito... tudo vai, volta, cresce, fortalece e evolui.

Para que serve a matéria? Para que servem perguntas? Para levar ao mundo material com as máscaras que nos pertencem por enquanto, com as figuras que vestimos para perpetuar tais sensações. Levar idéias, perguntas, plantar sementes, e que estas se perpetuem como resposta, como sabedoria, porque o perpétuo é o universo. Aqui estou para prestar minha contribuição, como matéria, prestando serviço, apenas isso.

A realidade existe na madrugada, por isso muitos não dormem, precisam estar em contacto com o espírito. Ele sabe, o ego confunde.

Não é insônia, é necessidade de estar consigo mesmo do jeito que se é. E apenas nessa hora você é o Espírito, que É. Por isso a realidade que vemos, muitas vezes incomodam, preocupam, posto não ser real. Você é quem é na madrugada, sem interferências, sem medo do mundo que cobra. Não tem satisfações a dar. Apenas é.

E eu exerço o privilégio de Ser e Eu sou agora, sem necessidades. Não preciso de você, você não precisa de mim. Nossas histórias seculares nos bastam para integrar todos os aspectos do Um.
Não tenho nome, eu sou o Um!




 

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